Enganas-te, mortal, quano tu pensas
Que no campo do amor só nascem flores
Ervas daninhas há, de negras cores,
Na forma de ciúmes e de ofensas.
A paixão anula o ego, abala as crenças,
E vai contigo aonde acaso fores.
Porém, quão fortes sejam os temores,
Mais as amarras se apresentam densas.
Pois, para compensar os desenganos,
Deus Cupido permite a nós, humanos,
O amor pleno em momentos bem fugazes.
Se podes reparar mágoas e danos
E tens o amor para lembrar mil anos,
Chorar tristeza é mal que tu fazes.
Solange Rech
Nenhum comentário:
Postar um comentário