Vingança
Não cultives nem guardes a vingança,
Que ela mata sem dó seu hospedeiro.
Inda outros matarás mas, por primeiro,
Contra quem a acolheu ela se lança.
Fingindo ser justiça ou ser cobrança
(Pois não passa de orgulho traiçoeiro)
Ela te afunda no ódio, esse atoleiro
No qual ninguém recua nem avança.
"Precisa que te vingues", ela atiça
E espera, por merecê dessa loucura,
Que morras do veneno que te pinga.
Vai buscar na verdade e na justiça
O alívio para a dor que te tortura.
Mais que a vítima, sofre quem se vinga.
Solange Rech
Nenhum comentário:
Postar um comentário