sexta-feira, 27 de maio de 2011

Enquete da Semana (30/05 a 03/06/2011)

2 comentários:

  1. A prefeitura de Joaçaba intermediou junto ao governo do estado em 2010, o repasse de 1 milhão de reais às escolas de samba de Joaçaba e Herval D`Oeste, para realizarem o carnaval de rua de Joaçaba. Isso é um fato já divulgado e de amplo conhecimento e muito criticado em todo o estado de SC.
    O carnaval de rua de Joaçaba, todos sabem, é realizado em uma via pública denominada XV de Novembro – nome dado a extensão da SC 303 que corta a cidade. Mesmo quem não prestigia o desfile, tem vasto conhecimento das alterações feitas naquela rodovia para possibilitar o evento, já que o local é definitivamente inadequado para isso: A rodovia é fechada para o público e para o trânsito de veículos; São montadas arquibancadas improvisadas; Instaladas iluminação provisória; O som também é improvisado; E por fim, banheiros químicos emergenciais. Isso também não é novidade.
    As lojas confrontantes com o local destinado ao desfile, tem seus acessos prejudicados por tapumes e arquibancadas e, os residentes das proximidades tem seu sossego também afetado por variados fatores que envolvem o evento - que tem uma duração de cerca de 23 (vinte e três) dias. Sendo 15 (quinze) dias antes do desfile para a montagem da estrutura, 3 (três) dias de desfile, propriamente dito e 5 (cinco) dias para a desmontagem. Também isso é de conhecimento geral.
    O direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. Perturbar o trabalho ou o sossego alheio é contravenção penal prevista no artigo 42 da Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941. A lei também não é invenção minha e nosso carnaval de Joaçaba, nos moldes e local onde vem sendo realizado, transgride as duas.
    O carnaval em Joaçaba, a exemplo de outros locais, nem de longe é um evento popular, nem nunca se comprovou matematicamente, que traga retorno financeiro para o município. A soma de dinheiro público investido nesse evento para poucos, teria muito melhor proveito social, se investido em infra-estrutura na Vila Cachoeirinha por exemplo. Lembrando que seriamos felizes se somente tal vila tivesse problemas infra-estruturais em nosso município.
    O carnaval que cuide de sí mesmo, seus idealizadores, abastados e com disponibilidade, que financiem um local adequado e estruturado para tanto, deixando a já onerada população fora de mais esse compromisso com o poder público.

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  2. A história da Southern Brazil Lumber and Colonization - braço no Brasil do grupo empresarial do norte-americano Percival Farquhar, na Região do Contestado - Meio Oeste de Santa Catarina, teve início nos primeiros anos do Século XX e está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento dessa região. O desenvolvimento da região foi pontualmente marcado pela rede ferroviária. Na década de 80, essa ferrovia já com nome de RFFSA foi desativada e a região Meio Oeste Catarinense simultaneamente finalizou seu desenvolvimento. Concomitantemente as cidades dessa região não receberam investimentos governamentais suficientes para se desenvolverem, seja por falta de expressão política da região no cenário político estadual e federal, seja por falta de atitude desses. O resultado disso foi que empresas, instituições, imprensa, governo e pessoas perderam o interesse nessa região. Joaçaba é o exemplo mais clássico da monotonia em desenvolvimento. A região Meio Oeste Catarinense, potencialmente rica, precisa de socorro, que vão muito além de ideologias políticas ou hierarquias governamentais. O histórico dessa região, mostra com nítida clareza que o seu desenvolvimento está condicionado à ferrovia. Não resta dúvida de qual ação ser tomada: Que as autoridades competentes, numa grande mobilização, não meçam esforços para reativar a ferrovia entre São Paulo e Rio Grande Do Sul – essa rede ferroviária novamente em atividade, desenvolveria o país, os três estados do sul e especialmente a região do contestado. O empreendedor Percival Farquhar deve estar se retorcendo no túmulo ao ver com que descaso nossos governos tratam seu empreendimento. E nós, desesperançados pela espera, tomamos a iniciativa de produzir esse pedido de socorro pela região Meio Oeste.

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